A prevenção é essencial para evitar doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, chikungunya e zika. Uma das formas mais eficazes de proteção é o uso de repelentes. Mas muitas gestantes se perguntam: os repelentes são realmente seguros durante a gravidez?
A resposta é sim! Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as gestantes podem utilizar repelentes desde que estejam devidamente registrados na agência e sejam aplicados conforme as instruções do rótulo.
Como usar repelentes de forma segura?
O uso correto do repelente é fundamental para garantir sua eficácia e segurança. Veja algumas recomendações:
- Aplique o produto apenas nas áreas expostas do corpo e sobre as roupas.
- Reaplique conforme indicado no rótulo, especialmente após suor excessivo ou contato com água.
- Para uso em crianças entre dois e 12 anos, a concentração do ingrediente ativo DEET deve ser de até 10%, com um máximo de três aplicações diárias.
- Para aplicação em crianças ou no rosto, coloque primeiro o produto nas mãos e depois espalhe.
- Lave as mãos com água e sabão após a aplicação.
Principais ingredientes ativos permitidos
Além do DEET, existem outros ingredientes ativos permitidos em repelentes registrados pela Anvisa, como:
- Icaridina (Hydroxyethyl isobutyl piperidine carboxylate)
- EBAAP (Ethyl butylacetylaminopropionate ou IR 3535)
- Óleos essenciais como Citronela
Embora não haja estudos específicos de segurança sobre esses ingredientes em gestantes, eles são considerados seguros conforme a regulamentação vigente para produtos cosméticos.
Repelentes ambientais e inseticidas: como usar?
O uso de repelentes ambientais e inseticidas também é permitido, desde que sigam as diretrizes da Anvisa. Durante a aplicação de inseticidas, é importante evitar a permanência de gestantes e animais domésticos no ambiente.
Os principais tipos de produtos disponíveis são:
- Inseticidas: eliminam os mosquitos adultos e estão disponíveis em spray e aerossol.
- Repelentes ambientais: afastam os mosquitos, sendo encontrados em espirais, líquidos e pastilhas para aparelhos elétricos. Estes não devem ser utilizados em locais sem ventilação ou na presença de pessoas com alergias respiratórias.
Produtos sem registro na Anvisa: cuidado redobrado
Muitos produtos “naturais”, como velas e incensos à base de citronela, andiroba e óleo de cravo, não possuem comprovação científica de eficácia e não são registrados na Anvisa. O mesmo vale para métodos alternativos como o uso de Vitamina B ou Tiamina, que não possuem aprovação para fins repelentes.
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